A importância da acessibilidade nas academias e como se adequar
A Lei Brasileira de Inclusão, juntamente com a ABNT 9050/2015 garantem o direito à acessibilidade às pessoas com deficiência física, auditiva, visual ou com mobilidade reduzida. Promover a acessibilidade é um dever em ambientes públicos ou privados e isso inclui as academias.
Uma academia adaptada promove o direito às pessoas com deficiência de participarem de atividades comuns da forma como elas desejarem, além de ampliar seu público no espaço de saúde física.
Para você entender melhor a importância da acessibilidade e como adequá-la em sua academia, continue a leitura do nosso blog!
Por que toda academia precisa ser adaptada?
A percepção de que as pessoas com deficiência devem ter os mesmos direitos do que todas as outras, inclusive às atividades físicas, fez com que parques, quadras e academias passassem por adaptações.
Os ganhos de condicionamento físico, fortalecimento da musculatura e desempenho são os pontos mais importantes para a reabilitação e adaptação física de pessoas com dificuldades de locomoção, por exemplo.
Os espaços de exercícios não devem apenas adaptar a sua estrutura física, mas também, trazer profissionais especializados em orientar as PCDs.
Como garantir acessibilidade nas academias?
Para uma pessoa com deficiência é muito importante estar em ambientes adaptados, como por exemplo, um banheiro exclusivo para cadeirantes. Isso não só garante a segurança do cliente, mas também o espaço que ele frequenta.
Mas, não adianta fazer um local adaptado, se a PCD não conseguir se deslocar adequadamente até ele.
Por exemplo, para um(a) cadeirante andar em linha reta, a passagem mínima para a cadeira de rodas é de 90 centímetros, sendo que, para fazer uma curva de 90 graus, é necessário um espaço de 1,20 m, e para uma curva de 180 graus, é necessário no mínimo um metro e meio.
No caso da rampa de acesso, há uma tabela de inclinação versus desnível a ser vencida. Essa inclinação varia de 5% a 8,33%.
Os balcões de atendimento também devem ser adaptados, contendo uma parte mais baixa, com espaço para as pernas do cadeirante. Além disso, deve ser prevista uma porta de acesso, pois a catraca é inviável.
Para deficientes visuais, indicações em braile e piso tátil são fundamentais, além de profissionais especializados nas academias para orientar adequadamente os exercícios.
A acessibilidade também é um instrumento necessário para a eliminação das barreiras sociais, que impedem o exercício de direitos por parte das pessoas com deficiência. É através da acessibilidade que todos podem e devem se inserir na sociedade em suas diversas áreas, como educação, trabalho, lazer etc.
Por isso, ao abrir um espaço, como academias, as primeiras providências a serem tomadas são se informar e garantir os direitos de acessibilidade a todos e todas.
O que adaptar nas academias para garantir a acessibilidade da pessoa com deficiência?
Adaptar a acessibilidade nas academias permite que pessoas com alguma deficiência ou mobilidade reduzida sejam incluídas em atividades comuns e socializantes.
Para isso, é preciso buscar conhecimento prático das técnicas e normas, e um profissional da área, como um arquiteto, que respeite as características e normas no desenvolvimento da estrutura adaptativa do espaço.
Pensando nisso, listamos alguns itens importantes para a adaptação de uma academia:
Instale placas verticais com indicação para deficientes e pessoas com mobilidade reduzida. Ofereça condições para que essas pessoas se sintam bem recebidas em sua academia.
Como primeiro passo nas calçadas de acesso, coloque rampas auxiliares sempre com orientação profissional. Assim, cadeiras de rodas ou pessoas com muletas entram na academia com facilidade.
O piso deve ser modificado para garantir segurança e guias aos deficientes visuais. São placas, normalmente de material antiderrapante, que indicam os caminhos livres na academia, evitando acidentes. Lembre-se também de garantir profissionais especializados na orientação e acompanhamento dos exercícios.
Nos vestiários feminino e masculino deve haver barras de metal para que as pessoas possam se apoiar. É muito importante lembrar do espaço reservado para cadeira de rodas, muletas ou andadores, que são utilizados pelas pessoas com deficiência.
As portas, principalmente as dos banheiros, devem possuir sinalização visual e tátil com altura (A) entre 1,20 m e 1,60 m em plano vertical na parede adjacente à porta.
- Sanitários de uso restrito
Veja também se os sanitários de uso restrito possuem um dispositivo de emergência perto do boxe. O mictório também deve ter barras de apoio.
As bancadas também precisam ser adaptadas com pelo menos uma barra posicionada nas extremidades e ter uma alavanca na torneira.
Quais equipamentos são necessários nas academias com maior circulação de pessoas?
Além das adaptações mencionadas acima, é importante utilizar equipamentos capazes de oferecer acessibilidade nas academias a todas as pessoas com quaisquer tipos de deficiência.
Veja a lista que separamos para você:
- Corrimãos nas rampas de acesso
As rampas precisam ter corrimãos circulares com altura mínima de 5 cm, e faixa de piso tátil de alerta de início e fim.
- Plataforma de acessibilidade
As plataformas de acessibilidade são aquelas capazes de transportar bens e pessoas na vertical, como as acopladas em escadas. O equipamento facilita o deslocamento entre dois níveis distintos que pode ser instalado no interior ou no exterior da sua academia.
Uma academia, que tenha mais de um andar, deve ter elevadores que garantam o acesso das pessoas com deficiência. A cabine precisa ter largura de 90 cm e comprimento de no mínimo 1,40 m. A porta deve ter visor, com largura mínima de 60 cm, e borda inferior, de altura entre 30 cm e 90 cm do piso.
- Profissionais qualificados
Ter profissionais da educação física especializados nas deficiências físicas é de suma importância. Isso porque, cada aluno terá a orientação e avaliação física adequada nos exercícios adaptados a sua deficiência, além de terem segurança e conforto no local que frequentam.
Não ao capacitismo
O Capacitismo é o preconceito ou discriminação por parte de alguém que duvide, ou desmereça, da capacidade de pessoas com deficiência em realizar ações comuns do cotidiano.
Como traz o Grupo Conduzir, o Capacitismo é considerado crime, previsto na lei brasileira de inclusão L13146:
“Art. 4º: Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.”
Existe ainda o capacitismo estrutural: aquele que está há muito tempo na sociedade, em que muitas pessoas, por exemplo, infantilizam a pessoa com deficiência ou a enxergam como exemplo de superação em tudo que faz.
Que possamos, através da acessibilidade, conscientizar a respeito do capacitismo em todos os espaços, incluindo nas academias, para que esse preconceito seja extinto, e que todas as pessoas tenham direito à saúde física e em todos os lugares.
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